AULA DE VIOLÃO

OUTRAS DICAS PARA AFINAR SEU INSTRUMENTO
Para afinar mais facilmente e corretamente o instrumento siga os seguintes passos:

a) Caso você possua micro-afinação (guitarras com ponte flutuante tipo floyd rose ou similares) coloque a micro afinação de cada corda na posição intermediária e solte as travas de afinação do braço.

b) Estando o instrumento totalmente desafinado, ao afinar uma corda, as outras normalmente desafinam, em virtude do aumento de tensão da primeira. Sendo assim inicialmente afine grosseiramente todas as cordas.

c) Se o encordoamento tiver sido recém colocado estique cada corda puxando com os dedos (não muito pouco que não surta efeito e nem tanto que quebre a corda) a fim de eliminar as folgas iniciais nas tarraxas. Não fazendo isto a afinação irá se perder rapidamente (até que afinando diversas vezes as cordas tenham se ajustado).


d) Faça a afinação cuidadosa em todas as cordas tantas vezes quantas necessárias até que todas estejam perfeitamente afinadas (normalmente uma ou duas vezes são necessárias).

e) Caso você possua travas de afinação, use-as e faça a micro-afinação.

Capítulo 4 – ESCALAS DE NOTAS (TONS)

Depois de introduzirmos os conceitos fundamentais para iniciarmos o nosso estudo, iremos verificar o que acontece quando modificamos a tensão de uma corda, e entender porque podemos afinar o violão da forma proposta acima!

Já dissemos acima que as casas são contadas no sentido da extremidade do braço até a caixa, ou seja a casa mais próxima da cabeça do violão (onde estão as tarraxas) é a primeira casa.
A diferença de som, de uma corda solta para a mesma corda, pressionada na 1ª casa é de 1/2 tom acima. Isso significa que o som está 1/2 tom mais agudo. Uma nota com meio tom a mais, é representada pelo símbolo #. Por exemplo: a 5ª corda solta produz um , já a mesma corda pressionada na primeira casa, produz um Lá#. Quando aumentamos o tom, criamos uma escala ascendente (#) e quando diminuímos, criamos uma escala descendente (bmol), por exemplo, Si 1/2 tom abaixo é um Sibmol, que na verdade é igual ao La#, falamos Sibmol porque a nota original era o Si.
Se tivermos um Lá# e aumentarmos 1/2 tom (pressionando a 5ª corda na segunda casa) obteremos um Si.

Todos sabemos a ordem das notas musicais:
- Ré - Mi -Fá - Sol - Lá - Si - Dó
Do para o , aumentamos 1 tom inteiro, do para o Mi e do Sol para o também. Já do Mi para o aumentamos 1/2 tom e do Si para o Dó também!
Por que o Mi e o Fá são diferentes?
Na verdade o que acontece com essas notas é o seguinte, tomaremos o Mi como exemplo, porem, acontece a mesma coisa para o Si. A freqüência de vibração da nota, que supostamente seria, Mi# é praticamente idêntica a freqüência do Fá. Para não termos duas notas com o mesmo som, (o Mi# e o Fá), decidiu-se que o Mi# seria automaticamente o Fá, sendo então abolido, portanto, não "existe" Mi# nem Si#!
Mi# não existe, seu valor é
Si# não existe, seu valor é
Pratique isso como exercício sempre que puder!
Aumentando cada nota de 1/2 em 1/2 tom, Temos uma escala conhecido por "Cromática"
Veja as escalas cromáticas de cada nota natural (entende-se por nota natural, Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si)

Solta
1ª casa
2ª casa
3ª casa
4ª casa
5ª casa
6ª casa
7ª casa
8ª casa
9ª casa
10ª casa
11ª casa
12ª casa
Nota
+1/2
+ 1
+ 1 1/2
+2
+ 2 1/2
+ 3
+3 1/2
+ 4
+4 1/2
+5
+5 1/2
+6
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
La
La#
Si
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Lá#
Si
Dó#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Lá#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Lá#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Sol
Sol#
Lá#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Lá#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Si
Dó#
Ré#
Mi
Fá#
Sol
Sol#
Lá#
Si


Capítulo 5 – FORMAÇÃO DE ACORDES (MAIORES)

Acorde é um conjunto de notas tocadas ao mesmo tempo, formando uma composição perfeita. Os acordes são usados para tocarmos a música propriamente dita, e a partir de agora começaremos o nosso estudo! Nós estudaremos acordes no padrão universal, pelo que chamamos de CIFRAS.

Por exemplo o acorde Dó é uma composição perfeita pois é formado pelas notas: Dó, Mi, Sol.
A maioria dos acordes são formados basicamente por 3 notas, o que chamamos de Tríade.
Quer saber como os acordes são formados?
Fazendo uma escala Diatônica (Entende-se por Escala Diatônica, o que seria uma escala variando de 1 em 1 tom, porém isso não acontece pois do Mi para o Fá temos 1/2 tom e do Si para o Dó também, por isso a escala Diatônica possui a seguinte variação: 1, 1, 1/2, 1, 1, 1, 1/2)

I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
Mi
Sol
Si
Mi
Fa#
Sol
La
Si
Do#
Mi
Fa#
Sol#
La
Si
Do#
Re#
Mi
Sol
La
La#
Do
Re
Mi
Fa
Sol
La
Si
Do
Re
Mi
Fa#
Sol
La
Si
Do#
Re
Mi
Fa#
Sol#
La
Si
Do#
Re#
Mi
Fa#
Sol#
La#
Si

Resumindo:

Mi + 1 tom = Fa#, porque Mi + 1/2 tom = Fa.
Si + 1 tom = Do#, porque Si + 1/2 tom = Do.
A primeira coisa que podemos notar é que você não entendeu nada do que nós fizemos na tabela acima! O que é normal, pois você ainda não sabe umas coisinhas:
Os números em romano significam o grau da escala, cada grau corresponde a um tom, menos do III para o IV, que temos 1/2 tom e do VII para o VIII que também temos 1/2 tom.
Um acorde é formado pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA notas do quadro acima!
Ou seja, é formado por: La, Do# e Mi.
O Sol é formado por: Sol, Si e Ré.
"Essa é a fórmula dos acordes maiores"
Outro ponto importante que podemos notar é que a I e a VIII são sempre iguais, isso é super importante, pois é um modo de você saber se está fazendo a tabela certo ou não!

Treine bastante a tabela acima, tente faze-la numa folha de papel sem olhar, depois confira, essa tabela é o ponto chave para entendermos o que vem pela frente!




Capítulo 6 – FORMAÇÃO DE ACORDES (MENORES)

Neste capítulo iremos introduzir um outro tipo de acorde, os acordes menores. Os acordes menores são representados pela letra m em minúscula. Ex.: DOm, REm, FAm e etc.!

Assim como os acordes maiores, os menores também são formados por conjuntos de notas, porém a tabela que teremos que fazer será um pouco diferente. Lembra que no capítulo 4 que da III para IV e da VII para a VIII aumentávamos 1/2 tom? (Se não se lembra dê uma olhada na tabela do cap)

4). Para os acordes menores, os graus vão mudar, confira a tabela abaixo e veja que agora temos da II para III e da V para VI aumentos de 1/2 tom.

I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
Dom
RE
RE#
FA
SOL
SOL#
LA#
DOm
Rem
MI
FA
SOL
LA
LA#
DO
REm
MIm
FA#
SOL
LA
SI
DO
RE
MIm
FAm
SOL
SOL#
LA#
DO
DO#
RE#
FAm
SOLm
LA
LA#
DO
RE
RE#
FA
SOLm
LAm
SI
DO
RE
MI
FA
SOL
LAm
SIm
DO#
RE
MI
FA#
SOL
LA
SIm




Lembrete:

Mi + 1 tom = Fa#, porque Mi + 1/2 tom = Fa.

Si + 1 tom = Do#, porque Si + 1/2 tom = Do.

Se pegarmos a PRIMEIRA, a TERÇA e a QUINTA obteremos qualquer acorde menor!
Ou seja:
REm é formado pelas notas: REm, FA e LA
SOLm é formado pelas notas: Sol, La# e Ré
(O m  na tabela só consta a título de demonstração)




Capítulo 7 – INTRODUÇÃO Á NOTAÇÃO DE CIFRAS


Cifra é apenas uma notação diferente para os acordes, muitos a consideram um método, e na verdade realmente é. Existem dois métodos mais conhecidos para aprender e tocar violão, o método da Pauta Musical, que é bem mais preciso, pois contém a oitava que a nota deve ser tocada assim como o seu tempo e todos os detalhes para que a música seja tocada exatamente como seu criador a compôs.

No método das cifras, o processo foi simplificado, porém depende muito mais da sua habilidade e criatividade para conseguir fazer com que a música lembre a original. Por ser mais simples de entender, as cifras foram se tornando o padrão mais conhecido e utilizado pelos músicos amadores, você já deve ter visto algo parecido com isso:

Garçom (Reginaldo Rossi)

    Dm                                 Gm
Garçom, aqui, nesta mesa de bar
                                 A                                         Dm A
Você já cansou de escutar, centenas de casos de amor
Dm                                            Gm
Garçom, no bar, todo mundo é igual
                                         A                                            Dm D7
Meu caso é mais um, é banal, mas preste atenção por favor




Cifra
Nota correspondente
Cifra
Nota correspondente
A
Am
Lá menor
B
Si
Bm
Si menor
C
Cm
Dó menor
D
Dm
Ré menor
E
Mi
Em
Mi menor
F
Fm
Fá menor
G
Sol
Gm
Sol menor



Capítulo 8 – TIPOS DE ACORDES


Neste capítulo abordaremos os variados tipos de acordes que existem e suas combinações. Preste atenção, pois é bastante difícil o que iremos relatar abaixo.






1) Acordes maiores

Aquilo que é mais importante conhecer para iniciar, é a escala maior.
Ela caracteriza-se pela distância sucessiva entre notas musicais:


Tabela 1:

nota base distância nota

======================================
1 Sol
2 2 meios tons Lá
3 4 meios tons Si
4 5 meios tons Dó
5 7 meios tons Ré
6 9 meios tons Mi
7 11 meios tons Fá#
8 12 meios tons Sol
======================================


Podemos referirmo-nos às notas desta tabela como a 3ª, a 5ª, etc..., tal como vemos nos números na coluna da esquerda (nota base).

Vamos agora à primeira "lição":

Os acordes maiores, são constituídos por:

1ª, 3ª e 5ª


Exemplo:

Pedindo ajuda à tabela 1, vemos que para construir um Sol maior,
precisamos da nota base ou 1ª (Sol), da sua 3ª (Si) e da sua 5ª (Ré). Ou
seja, o acorde de Sol maior é constituído pelas notas Sol, Si e Ré. Daí
poder dizer-se que:


Sol = 320003


Quando o acorde é maior, indica-se apenas pelo seu nome. Portanto, Sol

maior indica-se apenas "Sol".


Conclusão:

Todos os acordes maiores são formados pela sua nota base (1ª), pela sua

3ª e pela sua 5ª.


A isto chama-se intervalos. (isto é importante)


Claro que todos sabemos de cor como fazer os acordes maiores, mas isto vai servir de base à continuação da nossa aprendizagem


2. Acordes menores


Chegado a este ponto já deve ter reparado que faltam algumas notas musicais na tabela 1.


Podemos dizer com alguma incorreção de linguagem, que os intervalos que vimos antes podem ter diferentes "sabores":


Pode ter-se uma 3ª menor ou uma 3ª maior.

Pode ter-se uma 5ª perfeita ou uma 5ª aumentada.

Pode ter-se uma 9ª ou uma 9ª diminuída.


sendo que,


a 3ª menor tem menos meio tom que a 3ª maior.

a 5ª aumentada tem mais meio tom que a 5ª perfeita.


Agora, já se pode construir uma tabela de intervalos mais completa:


Tabela 2:

meios tons intervalos Exemplo para a nota Ré

0
nota base
1
2ª diminuida
Ré#
2
Mi
3
3ª menor
4
3ª maior
Fá#
5
Sol
6
5ª diminuida
Sol#
7
8
6ª menor
Lá#
9
6ª maior
Si
10
7ª menor
11
7ª maior
Dó#
12
13
9ª diminuida
Ré#
14
Mi
15
10ª menor
16
10ª maior
Fá#
17
11ª
Sol
18
11ª aumentada
Sol#
19
12ª
20
13ª aumentada
Lá#
21
13ª
Si


Bem, esta tabela é tal e qual a tabela 1, só que tem mais notas.


Os acordes menores, são constituídos por:


1ª, 3ª menor e 5ª


Exemplo:

Pedindo ajuda à tabela 2, vemos que para construir um Ré menor,
precisamos da nota base ou 1ª (Ré), da sua 3ª menor (Fá) e da sua 5ª
(Lá). Ou seja, o acorde de Ré menor é constituído pelas notas Ré, Fá e
Lá.
Daí pode dizer-se que


Rém = x00231


O x serve para nos dizer que não se deve tocar na 1ª corda, pois não é
nem um Ré, nem um Fá, nem um Lá, mas sim um Mi. Logo, não faz parte do
acorde, não se toca nela

Quando o acorde é menor, indica-se pelo seu nome seguido da letra m
minúscula. Portanto, Ré menor indica-se Rém
.

Conclusão:

Todos os acordes menores são formados pela sua nota base (1ª), pela sua
3ª menor e pela sua 5ª.


Outro exemplo:


Como formar o acorde Rém7?

Vamos à tabela 2 e vemos então que para formar Ré menor precisamos de


1ª = Ré

3ª menor = Fá (+3 semi-tons)

5ª = Lá (+7 semi-tons)


Até aqui, nada de novo. Resta apenas adicionar a 7ª menor para completar
o acorde:


7ª menor = Dó (+10 semi-tons)


Pode fazer-se então Rém = x00211


Em resumo:

A construção de acordes faz-se utilizando intervalos.

Estes intervalos dizem-nos que notas devemos utilizar para construir os
acordes.


3. Acordes de 7ª

Existem notas que além de serem formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA são formados também pela SÉTIMA. Estes acordes são chamados de Acordes com 7ª. Neste capítulo aprenderemos a fazer os acordes com 7ª a partir das tabelas dos capitulo 4 e 5.

Para acharmos a sétima menor de uma nota devemos pegar a primeira (que é sempre ela própria) e diminuir um tom inteiro e para acharmos a 7ª Maior (Ex. D7M) pegamos a primeira e diminuímos 1/2 tom!

Estes acordes vão surgir aqui um pouco "fora da ordem", mas é apenas porque é um tipo de acorde que aparece com bastante frequência e com o qual todos estamos mais ou menos familiarizados.

Portanto a notação é:
X7 - Leia X com 7ª menor ou apenas, X com sétima
X7M - Leia X com 7ª maior.
Por Exemplo:
A7 (La com 7ª), pegamos o próprio Lá (nota), que é a primeira de A (acorde) e diminuímos 1 tom inteiro.
ou seja, o A era formado por, La, Do e Mi daí pegamos a primeira de A que é Lá e diminuímos 1 tom, então A7 é formado por Sol, Do e Mi.
Por que pegar a primeira e diminuir 1 tom para achar a sétima menor, qual é a lógica?

Muito simples, um acorde com sétima é formado pela TERÇA, QUINTA e a SÉTIMA, para encontrarmos a sétima, é mais fácil você pegar a OITAVA e diminuir 1 tom inteiro, não é mesmo? É, exatamente o que nós fizemos, lembra que a 1ª a a oitava são iguais! Baixamos direto da primeira porque já sabemos que a primeira de qualquer nota é ela mesma!

Vamos a outro exemplo:

Como achar D7 (Ré com 7ª)?

Primeiro passo: Quais as notas que formam D?

Elas são: Ré, Fa# e Lá (Consulte o capítulo 4 se tiver dúvidas)
Sabemos que a primeira de qualquer nota é ela mesma, então a primeira do acorde Ré é a nota Ré, então vamos achar a sétima diminuindo 1 tom da primeira. Ré - 1 tom = Dó


Então, D7 é formada por: Do, Fa# e Lá.

(Cuidado quando for diminuir 1 tom de Fa e Dó, pois Dó - 1 tom = La# e Fá - 1 tom = Ré#)


* Acordes de 7ª normais

Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 7. Por exemplo:


Lá7 = Lá maior de sétima.

Mim7 = Mi menor de sétima e assim sucessivamente.


Formam-se, quer os maiores, quer os menores, adicionando uma sétima
menor ao acorde. Se pedirmos ajuda novamente (e sempre) à tabela 2,
vemos que, por exemplo, a sétima menor da nota Mi é a nota Ré. Logo:

Mi7 = 022130

Mim7 = 022030



* Acordes do tipo maj7


Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de maj7. Por exemplo:

Lámaj7

Na sua constituição, diferem dos anteriores, pois adiciona-se uma 7ª maior (e não menor) ao acorde normal.


Exemplo:

Fámaj7 = x33210


4. Acordes suspensos


Este tipo de acorde é muito fácil de construir. Costuma surgir em duas
versões: o sus2 e o sus4.


No sus2, substitui-se a 3ª por uma 2ª.

No sus4, substitui-se a 3ª por uma 4ª.


Portanto, para fazer um acorde sus2 precisamos de:

1ª, 4ª e 5ª

e para fazer um acorde sus4 precisamos de:


1ª, 2ª e 5ª


Exemplos (Não esquecer de pedir ajuda à tabela)


Résus2 = 000230 (a 3ª - Fá# foi trocada pela 2ª - Mi)


Misus4 = 022200 (a 3ª - Sol# foi trocada pela 4ª - Lá)


Os acordes assim formados não são maiores nem menores.

Importante: a nota suspensa só deve aparecer uma vez na formação do
acorde.


5. Acordes de 6ª



* Acordes de 6ª normais


Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 6. Por exemplo:

Lá6 = Lá maior de sexta.

Mim6 = Mi menor de sexta e assim sucessivamente.


Formam-se, quer os maiores, quer os menores, adicionando uma sexta maior
ao acorde. Se pedirmos ajuda à tabela 2, vemos que, por exemplo, a sexta
maior da nota Mi é a nota Dó. Logo:


Mim6 = 022010


* Acordes 6/9


Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 6/9. Por exemplo:

Lá6/9

Como já deve ter adivinhado, formam-se a partir do acorde de sexta como
se viu antes, mas adicionando também uma 9ª.

Exemplo:

Mim6/9 = 022012



7. Acordes de 9ª, 11ª e 13ª



Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 9, 11, ou 13. Por exemplo:

Mi9
Lám11
Ré13

Em primeiro lugar, porque é que estes três acordes surgem juntos?
A resposta é: todos eles incluem uma 7ª na sua formação.

Formam-se do seguinte modo:

Para se formar um acorde de 9ª, adiciona-se uma 9ª ao acorde de 7ª.
Para se formar um acorde de 11ª, adiciona-se uma 11ª ao acorde de 7ª.
Para se formar um acorde de 13ª, adiciona-se uma 13ª ao acorde de 7ª.

Basta ir à tabela 2 e fazer como temos feito até aqui para os outros
acordes. Por exemplo, para se fazer um Mim9, parte-se de Mim7:

Mim7 = 022030


e adiciona-se-lhe uma 9ª (Fá#), fica então:


Mim9 = 022032



8. Acordes separados por um travessão


Por exemplo, Dó/Mi.


É o acorde normal de Dó, mas em que devemos tocar o baixo na nota Mi.

É sempre assim. Exemplo:


Dó/Sol = 332010




9. Acordes dim

Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de dim. Por exemplo:

Ládim

Formam-se com:


1ª, 3ª menor, 5ª menor e 6ª maior


Exemplo:

Ládim tem que ter as notas Lá, Dó, Mib e Solb


10. Acordes com indicação da nota a tocar


Neste tipo de acordes, é indicada qual ou quais a(s) nota(s) que deve(m)
ser adicionada(s) ao acorde normal. Por exemplo:

RéDm7#5b9

É um Rem7 com a 5ª aumentada e a 9ª diminuída (meio tom, claro).


11. Acordes add


Todos os acordes que não caibam nas categorias anteriore, designam-se
por add.


O seu significado é direto. Por exemplo:

Dóadd2

Para construir este acorde, parte-se do acorde de Dó normal (032010) e
adiciona-se-lhe uma segunda. Fica então:


Dóadd2 = 032030


Nota importante: atenção à diferença entre sus2 e add2:

Em sus2, a 3ª é substituída por uma 2ª.

Em add2, não há substituição da 3ª (ela continua lá), há só adição de
uma segunda.


Exemplos:

Dóadd2 = 032030

Dósus2 = 030010


Notas Finais


Nota importante: atenção à diferença entre acorde 9 e add9.

Um acorde normal 9, tem que ter a 7ª incluída.

Um acorde add9, não precisa. É um acorde normal, apenas com uma 9ª
adicionada.


Podemos lembrar também todos os acordes se apresentam conforme as seguintes denominações:

a) ACORDES CONSONANTES: Representam a série de acordes que ao serem tocados transmitem uma sensação repousante e harmoniosa. Geralmente são as "posições" mais fáceis de serem tocadas Portanto, nesta fase do curso, vamos usar principalmente estes acordes.

b) ACORDES DISSONANTES: Ao contrário dos anteriores, estes transmitem uma sensação mais tensa, mais chocante (dando a impressão de pouco harmoniosa).
Estes acordes são utilizados principalmente na execução da "Bossa Nova" e do "Jazz". Muitas vezes, quando estes acordes são tocados separadamente, transmitem uma sensação de "erro", porém, no contexto geral da música tornam-se agradáveis.

Podemos relembrar dessa forma que sete símbolos abaixo são utilizados para nomear acordes:


M ou + Lê-se maior

+5 " com quinta aumentada
6 " com sexta maior
7 " com sétima (menor) - da dominante
7M " com sétima - Maior
9 " com nona - Maior
m " menor
m6 " menor com sexta
dim ou o " sétima diminuta
m7 " menor com sétima
-9 " com nona menor







Capítulo 9 – ACORDES  RELATIVOS

Existem alguns acordes que são bem difíceis de serem feitos, alguns usam pestana outros exigem uma abertura de dedo muito grande, ou seja, tudo que os iniciantes fogem! Para sorte de vocês, existem acordes que possuem som bem parecido com outro acorde!

Como os acordes são formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA, acordes que possuam a terça e a quinta iguais sãs chamados de relativas (A primeira nunca será igual, pois a primeira de qualquer nota é ela mesma, além disso, se fosse igual seria a mesma nota).

Vejamos as principais notas relativas.

Cifras
Suas Relativas
A
F#m
B
G#m
C
Am
D
Bm
E
C#m
F
Dm
G
Em


Capítulo 10 – INVERSÕES



Fazer a inversão de um acorde significa colocar na base desse acorde, ao invés da nota fundamental, a mediante ou a dominante. Por exemplo: C é formado por: Dó, Mi e Sol. Sua primeira inversão, é em Mi, sua segunda Inversão é em Sol e sua Terceira Inversão é em Si, e o que isso significa?
Mi, Sol e Si correspondem, respectivamente à TERÇA, QUINTA e a SÉTIMA de Dó.
As inversas devem ser adicionadas as notas originais, ou, as notas originais devem ter o baixo na nota inversa.

Exemplos: Existem duas notações:



1ª Notação
2ª Notação
Quando temos algo parecido com X/Y, onde X é uma nota qualquer e Y é outra nota qualquer.
Quando temos algo parecido com X/N onde X é uma nota qualquer e N é um número qualquer.
Exemplos:
Exemplos:
G/A
C/7
Em/B
D7/9
Fa#/E
E7/11

Você já deve ter visto algo parecido com isso:

Tempos Modernos
De: Lulu Santos
Introdução: (G/D D) A Em

G                      D                A7 A6
Eu vejo a vida melhor no futuro

            Em          G            D       A7
Eu vejo isto por cima de um muro
     G          Em/B
De hipocrisia    
 Em                       C7+      C/D
Que insiste em nos rodear

Na introdução, temos logo de cara um Sol com baixo em Ré, analisando a nota, através da tabela do cap. 5, descobrimos que Ré é a Quinta de Sol, ou seja, sua 2ª inversão!

Depois temos Mi menor com baixo em Si, Si também é a Quinta de Mi menor, portanto também é a 2ª inversão.

Já o Dó com baixo em Ré, na última linha, é uma outra nota, não é uma inversa, pois a inversa deve ter baixo ou na TERÇA, na QUINTA ou SÉTIMA. Analisado esta nota, chegamos a conclusão que o Ré, é a NONA de Dó. (ou SEGUNDA, mas a notação mais usual é a oitava superior)


Por que Ré é a Nona de Dó?

Sabemos que a PRIMEIRA e a OITAVA são iguais, por que? Uma oitava é constituída por 8 notas, por exemplo: Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si. (1ª Oitava).Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si, Do. (2ª Oitava)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15





Capítulo 11– CONCEITOS RÁPIDOS: CIFRADO & TRANSPORTE

Cifrado é a nomenclatura universal moderna de harmonização . Onde os nomes das notas são substituídos por letras .
A (lá) B (si) C (dó) D (ré) E (mi) F (fá) G (sol)
Acidentes: # (sustenido) aumenta anota meio tom
b (bemol) diminui a nota meio tom
Códigos: m (acorde menor) + ou M (acorde maior)
° (acorde diminuto) / (acorde com o baixo alterado)
- (acorde diminuído) Ex. (E/D = Mi maior com o baixo em Ré)

SINAIS USADOS NO CIFRADO

# sustenido
b Bemol
6 (Sexta) – 7 (sétima) – etc.
9 M (Nona Maior) – 7 M (Sétima Maior) –etc.
5 + (Quinta Aumentada) – 9 M (Nona Aumentada) – etc.
9 – (Nona Menor)
dim (Acorde Diminuto)

O transporte é utilizado para modificar a tonalidade da música para mais aguda ou para mais grave.
Se a música estiver cifrada muito baixa na marcação original encaminha-se para a direita até achar o tom ideal . Quando estiver cifrada muito alta encaminha-se para esquerda .
Para a direita ----------: mais alto
Para esquerda :--------: mais baixo

Capítulo 12 – A IMPORTÂNCIA DO BAIXO

O baixo tem função de reforçar harmoniosamente as notas graves dos acordes .
 Todo acorde é formado pôr três ou mais notas.
1º Tônica 2º Terça 3º Quinta 4º Dissonância

No baixo conta- se as notas da corda MI para a corda sol . No sentido de aumento de tom. . Na maior parte dos acompanhamentos , o baixo utiliza a tônica  como a nota preponderante , portanto as outras notas podem ser utilizadas para fazer um desenho melódico , e com isso obter um resultado mais colorido no acompanhamento....

DÓ = 33 RÉ = 35 MI = 40 FÁ = 41 SOL = 43 LÁ = 45 SÍ = 32
Esse é um sistema de números que facilita a identificação da nota , ele procede da
Seguinte maneira ,contasse as cordas de baixo para cima dando números decimais como nome ...
Corda 1 solta = 10 Corda 2 solta = 20 Corda 3 solta = 30 Corda 4 solta = 40
Se a corda 1 estiver pressionada na primeira casa será 11 se estiver pressionada
Na Segunda será 12 e assim sucessivamente com as outras cordas.....



Capítulo 13 – INTERVALOS, SEMITOM, TOM



Intervalo: Distância entre dois sons
Semitom: É o menor intervalo entre dois sons
Tom: Intervalo formado por dois semitons

Cada espaço que encontramos no braço do instrumento é um semitom (ou meio-tom)

Por exemplo :

O intervalo entre a primeira casa e a terceira casa é de um tom, e o intervalo entre primeira casa e a segunda é de meio-tom.

Exemplo 2

1ªcorda (mi) ---0--1--3--5--7--8--10--12---------------
2ªcorda (si) ---0--1--3--5--6--8--10--12---------------
3ªcorda (sol)---0--2--4--5--7--9--10--12---------------
4ªcorda (ré) ---0--2--3--5--7--9--10--12---------------
5ªcorda (lá) ---0--2--4--5--7--8--10--12---------------
6ªcorda (mi) ---0--2--3--5--7--8--10--12---------------

Nesta tablatura estou apontando as notas(naturais) existentes no violão até a 12ª casa .

Por exemplo na 1ª corda.

Solta (0) mi - 1ªcasa fá - 3ª casa sol - 5ª casa lá - 7ª casa si - 8ª casa dó - 10ª casa ré - 12ª casa-mi

Repare que entre as notas...
DÓ e RÉ
RÉ e MI
FÁ e SOL
SOL e LÁ
LÁ e SI

Existe um intervalo de 1 tom entre elas, ou seja, nós "pulamos" uma casa entre uma e outra.
Porém entre...

MI e FÁ
SI e DÓ

esse intervalo é de apenas meio-tom (ou um semitom) e nós as encontramos uma ao lado da outra.

É por isso que quando estamos tocando não existem sustenidos ou bemóis entre MI e FÁ / SI e DÓ.

Com base nestas explicações descubram agora as notas que estão nas outras cordas acima anotadas.

Temos diversos tipos de intervalos: ascendente, descendente, melódico, harmônico, simples, composto, natural, enarmônico e invertido.


Por agora os que nos interessam são:

Intervalo ascendente: quando o primeiro som é mais grave que o seguinte.

Intervalo harmônico: quando os sons são ouvidos simultaneamente.

Intervalo enarmônico: quando os sons são iguais mas tem nomes diferentes.

Estes intervalos nos ajudarão a entender melhor como os acordes são 'montados'.





Obs: Nos ajudarão também a entender como as escalas são montadas mas por enquanto não entraremos neste assunto. Confira isso no próximo capítulo.





                            
Tabela de intervalos
Símbolo
ex.: 'C'
Nome do intervalo
Distância em casas
T
C
Tônica
0
b2
Db
Segunda menor
1
2
D
Segunda maior
2
2#
D#
Segunda aumentada
3
b3
Eb
Terça manor
3
3
E
Terça maior
4
4
F
Quarta (justa)
5
4#
F#
Quarta aumentada
6
b5
Gb
Quinta diminuta
6
5
G
Quinta (justa)
7
5#
G#
Quinta aumentada
8
b6
Ab
Sexta menor
8
6
A
Sexta maior
9
7
Bb
Sétima menor
10
7+
B
Sétima maior
11
T
C
Tônica (Oitava)
12
b9
Db
Nona menor
13
9
D
Nona maior
14
9#
D#
Nona aumentada
15
11
F
Décima primeira
17
11#
F#
Décima primeira aum.
18
b13
Ab
Décima terceira menor
20
13
A
Décima terceira
21






            Tabela de intervalos em todos os tons
Tom
/
T
b2
2
2#/b3
3
4
4#/b5
5
5#/b6
6
7
7+
C
> 
C
Db
D
D#/Eb
E
F
F#/Gb
G
G#/Ab
A
Bb
B
C#
> 
C#
D
D#
Dx/E
E#
F#
Fx/G
G#
Gx/A
A#
B
B#
Db
> 
Db
Ebb
Eb
E/Fb
F
Gb
G/Abb
Ab
A/Bbb
Bb
Cb
C
D
> 
D
Eb
E
E#/F
F#
G
G#/Ab
A
A#/Bb
B
C
C#
D#
> 
D#
E
E#
Ex/F#
Fx
G#
Gx/A
A#
Ax/B
B#
C#
Cx
Eb
> 
Eb
Fb
F
F#/Gb
G
Ab
A/Bbb
Bb
B/Cb
C
Db
D
E
> 
E
F
F#
Fx/G
G#
A
A#/Bb
B
B#/C
C#
D
D#
F
> 
F
Gb
G
G#/Ab
A
Bb
B/Cb
C
C#/Db
D
Eb
E
F#
> 
F#
G
G#
Gx/A
A#
B
B#/C
C#
Cx/D
D#
E
E#
Gb
> 
Gb
Abb
Ab
A/Bbb
Bb
Cb
C/Dbb
Db
D/Ebb
Eb
Fb
F
G
> 
G
Ab
A
A#/Bb
B
C
C#/Db
D
D#/Eb
E
F
F#
G#
> 
G#
A
A#
Ax/B
B#
C#
Cx/D
D#
Dx/E
E#
F#
Fx
Ab
> 
Ab
Bbb
Bb
B/Cb
C
Db
D/Ebb
Eb
E/Fb
F
Gb
G
A
> 
A
Bb
B
B#/C
C#
D
D#/Eb
E
E#/F
F#
G
G#
A#
> 
A#
B
B#
Bx/C#
Cx
D#
Dx/E
E#
Ex/F#
Fx
G#
Gx
Bb
> 
Bb
Cb
C
C#/Db
D
Eb
E/Fb
F
F#/Gb
G
Ab
A
B
> 
B
C
C#
Cx/D
D#
E
E#/F
F#
Fx/G
G#
A
A#

Simbologia:

x -significa dobrado sustenido ou seja duas vezes sustenido.
bb -significa dobrado bemól ou seja duas vezes bemól.


Capítulo 14 – ESCALAS

Vamos aprender a construir uma escala de Dó a Dó e com todos os seus acidentes.
Para isto precisamos saber que entre Mi e Fá - Si e Dó  não há sustenido (#)  ou bemol (b),  e que o # e o b ocupam a mesma casa ou seja um Fá # está localizado na mesma casa
Em que vamos encontrar o Sol b.

Logo temos.

Dó|#|Ré|#|Mi|Fá|#|Sol|#|Lá|#|Si|Dó

ou

Dó  |b|Ré|b|Mi|Fá|b|Sol|b|Lá|b|Si|Dó
Mi--|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|
Lá--|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|
Ré--|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|
Sol-|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|
Si--|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|
Mi--|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|


Vamos agora a definição de uma escala musical, que é muito  importante para o estudo do violão.

Escala Musical: Ordenação sucessiva de sons a intervalos não maiores que uma segunda. Escalas são grupos de notas com o qual dividimos uma oitava musical. Uma oitava é o intervalo sonoro que separa uma nota e sua repetição, mais grave ou mais aguda. Essa repetição ocorre quando o número de vibrações por segundo emitido pela nota dobra de frequência. Por exemplo : afinamos muitos instrumentos musicais usando como referência um diapasão afinado em Em Lá ( 440 vibrações por segundo ),depois de afinarmos o instrumento, se tocarmos um outro Lá mais grave, este irá soar a 220 vibrações por segundo. Se tocarmos o outro Lá, mais agudo, este novo irá soar a 880 vibrações por minuto.

Se considerarmos que estamos tocando uma nota Dó, e formos tocando cada nota imediatamente acima , teremos 12 intervalos de sons cada vez mais agudos até tocarmos o Dó mais alto. Se fizermos isso estaremos tocando a escala cromática de Dó. Que é a única escala que utiliza todos os sons. As mais usadas tem 5, 6, 7 e 8 notas.

Cada escala tem uma origem, um som próprio e uma ocasião correta para ser utilizada. É dentro dos vários tipos de escalas que se escolhem as notas que vão constituir a melodia, a harmonia, os solos ou os improvisos de um determinado tipo de trabalho musical.

Aqui estão alguns tipos de escalas. Podemos apenas sugerir uma regra : conheça bem cada escala que resolver utilizar, perceba quando o seu uso cumpre a função proposta, e, principalmente, perceba aonde essa escala não é adequada. O bom gosto é o melhor juiz.

Aprenda a escala, e decore-a mentalmente.
Primeiro toque-a com uma oitava, depois com duas, com três, e depois em tôda a extensão do instumento.
Module esta escala e toque-a em todos os tons.
Use intervalos de têrças ( ao invés de Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.... ( por exemplo )..saltando em intervalos de têrças teremos : Dó, Mi, Ré, Fá, Mi, Sol, Fá, Lá ....
Use intervalos de quartas ( ao invés de Dó, Ré, Mi, Fá, SoL, Lá, ... saltando em intervalos de quartas teremos : Dó, Fá, Ré,Sol, Mi, Lá, Fa, Si..
Use intervalos de quintas, de sextas, de sétimas, e oitavas.
Monte os acordes que começam com cada nota da escala.
Crie sequências de acordes dentro desta escala
Crie melodias usando esses intervalos estudados e os acordes encontrados. Faça tudo isso em todos os tons!

Existem diversos tipos de escala, cada uma se prestando a um determinado estilo musical, assim temos escalas de Jazz, de Blues, de música barroca, etc.

Mas o nosso interesse aqui não são estas escalas citadas acima e sim a Escala Natural a partir da qual são construídos os acordes.

A Escala Natural é formada de dois tetracordes (acordes de 4 notas) separados por um intervalo de um tom. Cada tetracorde possui os intervalos tom, tom, semiton.

Exemplo:

Usaremos a escala de C (lê-se dó).

Assim temos C D E F G A B C (lê-se dó ré mi fa sol la si do) que é a escala natural de C.

Vejamos porque.
I II III IV       V  VI VII VIII  --> graus
C  D  E  F        G  A  B  C      --> notas
 1  1  1/2    1    1  1  1/2      --> intervalos

obs: as cifras acima não representam acordes e sim notas.

- Assim temos o C (lê-se dó) como o primeiro grau da escala e entre C e D (lê-se dó e ré) temos um intervalo de 1 tom (C C# D).

- Entre D e E, segundo e terceiro graus da escala, temos um intervalo de 1 tom (D D# E).

- Entre E e F, terceiro e quarto graus da escala temos um intervalo de 1/2 tom (1 semiton) (E F), pois E não possui # (sustenido).

- Entre o quarto e quinto graus da escala, de F para G, temos um intervalo de 1 tom separando o primeiro tetracorde do segundo.

- Entre o quinto e sexto graus temos um intervalo de 1 tom (G G# A). Entre o sexto e sétimo grau temos um intervalo de 1 tom (A A# B).

- E finalmente entre o sétimo e o oitavo graus temos o intervalo de 1/2 tom (1 semiton) (B C) pois o B não possui sustenido. Obs: Mi (E) e Si (B), ou seja, as notas terminadas em "i" não possuem sustenido.

Com isto temos que a fórmula para se construir uma Escala Natural é dois tetracordes de tom, tom, semiton separados por um intervalo de 1 tom.

É por isto que a escala de C não possui acidentes (sustenidos ou bemois), o que não acontece com outras escalas, que possuem os seus acidentes específicos.


Vejamos a escala de D:
I II III IV      V  VI VII VIII
D  E  F#  G       A  B  C#  D
  1  1  1/2   1    1  1  ½

- Entre E e F existe apenas 1 semiton, já que E não possui sustenido, por isso foi necessário acrescentar um sustenido em F para que a nossa fórmula se cumpra, ou seja o intervalo deve ser de 1 tom entre o segundo e terceiro graus da escala natural, portanto no caso desta escala específica temos ( E F F#) entre o segundo e terceiro graus da escala..

- Entre o terceiro e quarto graus temos um intervalo de 1 semiton, (F# G).

- Entre o sexto e sétimo graus da escala temos um intervalo de 1 tom, por isto fomos obrigados a acrescentar um sustenido em C, assim temos (B C C#) entre o sexto e sétimo graus da escala de D.

- Entre o sétimo grau e o oitavo temos apenas um semiton, ou seja, (C# D). Nota-se que o primeiro e o oitavo graus são a mesma nota, a diferença entre elas dá-se na altura do som, o oitavo grau está uma oitava acima do primeiro grau portanto mais aguda.

Descobrimos que a escala de D possui dois acidentes, um em F e outro em C e neste caso espcífico ambos são sustenidos.
Com estas informações você será capaz de construir todas as escalas naturais dos respectivos tons, prossiga, como exercício construindo as escalas de E F G A e B (e não se esqueça, lê-se, mi fa sol lá e sí).

Descubra por você mesmo quantos acidentes existem em cada tonalidade, quais são (se bemois ou sustenidos), etc. Lembre-se que os acidentes são característicos das suas respectivas tonalidades, pode-se reconhecer uma escala pelo seu número de acidentes e quais são.

É importante frisar também que o primeiro grau é que dá nome a escala.


Capítulo 15 – MODOS


Modos são apenas escalas derivadas da escala maior. Já vimos que cada escala maior tem uma relativa menor derivada a partir do VI grau. A escala de C, por exemplo, tem a de Am como sua relativa.

Reveja abaixo.

ð  (-----Escala de Am-----)
=>C D E F G A B C D E F G A
=>(---- Escala de C ------)
ð   
A questão é simples: assim como posso construir uma escala contendo as mesmas notas a partir do VI grau, é possivel construi-las a partir de qualquer grau da escala maior. Há, portanto, 7 modos distintos de se tocar uma escala diatônica, iniciando-se em qualquer ponto da mesma. Se você iniciar em E, por exemplo, terá:
E F G A B C D E

Este modo, que se inicia no III grau da escala (E, no caso da escala de C) é denominado de modo Frígio. Agora você precisa usar um pouco o ouvido e, se possível, um amigo. Peça para que ele toque o acorde de C enquanto você executa a escala no modo frígio, de E à E.

Ela deve soar exatamente como a escala de C. Agora peça para que ele toque Em e repita a escala. Soa diferente? Mais alegre ou mais triste? Para entender porque eu disse para tocar o acorde de Em você precisa rever a lição sobre formação de acordes. Repita este mesmo procedimento iniciando em D. Toque a escala sobre o acorde de C e depois sobre o de Dm. Que tal o efeito? Esta escala iniciando no II grau é conhecida como modo Dórico.

A tabela abaixo resume os modos com suas principais caraterísticas:




Grau
Nome
Tipo (Acorde) - Ver lição V
Característica Sonora
I
Jônico(=Jônio)
Maior
Imponente, majestoso, alegre
II
Dórico
Menor
"Weepy" - Musica country
III
Frígio
Menor
"Dark", "down" - "Heavy metal"
IV
Lídeo
Maior
Suave, doce
V
Mixolídeo
Maior
Levemente triste - Blues e rock
VI
Eólio
Menor
Escala Menor Natural - Uso geral
VII
Lócrio
Menor
Exótico, meio oriental

O interessante agora seria que você construisse os 7 modos possíveis em cada uma das escala e, evidentemente, tocasse em seguida cada um deles.

Observe que neste sistema utilizou-se modos diferentes em um mesmo tom, isto é, as notas componentes de cada modo eram exatamente as mesmas e, por isto, oriundas da escala de um mesmo tom.

 Acontece que é também possível construir modos diferentes mantendo o I grau fixo e modificando o tom em cada uma delas, isto é, modos diferentes em tons diferentes. Isto é um pouco mais complicado e exige que se decore algumas regras básicas, que ao meu ver não são o melhor caminho para o iniciante. Não é interessante  se prender em regras. Haja natural.

Seria conveniente que você escrevesse cada um dos modos para os diferentes tons e, em seguida, tocasse cada um deles. Procure perceber as diferenças entre eles do ponto de vista melódico.

Atenção:


Vamos relaxar agora aprendendo sobre outras assuntos referentes ao violão. É bom deixar claro que você não pode se basear por aqui pra aprender as Escalas, até porque elas exigem que tenha a seu lado algum professor pra ir guiando passo a passo. Não pense que a partir daqui você aprenda escala, ok?


Sempre devemos pedir auxílio a outras pessoas. O intuito dessa apostila é apenas dar uma base para que você tenha domínio sobre alguns conceitos.