OUTRAS DICAS PARA AFINAR SEU
INSTRUMENTO
Para
afinar mais facilmente e corretamente o instrumento siga os seguintes passos:
a) Caso você possua micro-afinação (guitarras com ponte flutuante tipo floyd rose ou similares) coloque a micro afinação de cada corda na posição intermediária e solte as travas de afinação do braço.
a) Caso você possua micro-afinação (guitarras com ponte flutuante tipo floyd rose ou similares) coloque a micro afinação de cada corda na posição intermediária e solte as travas de afinação do braço.
b) Estando o instrumento totalmente desafinado, ao afinar uma corda, as outras normalmente desafinam, em virtude do aumento de tensão da primeira. Sendo assim inicialmente afine grosseiramente todas as cordas.
c) Se o encordoamento tiver sido recém colocado estique cada corda puxando com os dedos (não muito pouco que não surta efeito e nem tanto que quebre a corda) a fim de eliminar as folgas iniciais nas tarraxas. Não fazendo isto a afinação irá se perder rapidamente (até que afinando diversas vezes as cordas tenham se ajustado).
d) Faça a afinação cuidadosa em todas as cordas tantas vezes quantas necessárias até que todas estejam perfeitamente afinadas (normalmente uma ou duas vezes são necessárias).
e) Caso você possua travas de afinação, use-as e faça a micro-afinação.
Capítulo 4 – ESCALAS
DE NOTAS (TONS)
|
Depois
de introduzirmos os conceitos fundamentais para iniciarmos o nosso estudo,
iremos verificar o que acontece quando modificamos a tensão de uma corda, e
entender porque podemos afinar o violão da forma proposta acima!
Já dissemos acima que as casas são contadas no sentido da extremidade do braço até a caixa, ou seja a casa mais próxima da cabeça do violão (onde estão as tarraxas) é a primeira casa.
A
diferença de som, de uma corda solta para a mesma corda, pressionada na 1ª casa
é de 1/2 tom acima. Isso significa
que o som está 1/2 tom mais agudo. Uma nota com meio tom a mais, é representada
pelo símbolo #. Por exemplo: a 5ª
corda solta produz um Lá, já a mesma
corda pressionada na primeira casa, produz um Lá#. Quando aumentamos o tom, criamos uma escala ascendente (#) e quando diminuímos,
criamos uma escala descendente (bmol),
por exemplo, Si 1/2 tom abaixo é um Sibmol, que na verdade é igual ao La#, falamos Sibmol porque a nota
original era o Si.
Se
tivermos um Lá# e aumentarmos 1/2
tom (pressionando a 5ª corda na segunda casa) obteremos um Si.
Todos sabemos a ordem das notas musicais:
Dó - Ré - Mi -Fá - Sol - Lá - Si - Dó
Do Dó para o Ré, aumentamos 1 tom inteiro,
do Ré para o Mi e do Sol para o Lá também. Já do Mi para o Fá aumentamos 1/2 tom e do Si para o Dó também!
Por que o Mi e o
Fá são diferentes?
Na verdade o que acontece com
essas notas é o seguinte, tomaremos o Mi como exemplo, porem, acontece a mesma
coisa para o Si. A freqüência de vibração da nota, que supostamente seria, Mi#
é praticamente idêntica a freqüência do Fá. Para não termos duas notas com o
mesmo som, (o Mi# e o Fá), decidiu-se que o Mi# seria automaticamente o Fá,
sendo então abolido, portanto, não "existe" Mi# nem Si#!
Mi# não existe, seu valor é Fá
Si# não existe, seu valor é Dó
Pratique
isso como exercício sempre que puder!
Aumentando
cada nota de 1/2 em 1/2 tom, Temos uma escala conhecido por "Cromática"
Veja
as escalas cromáticas de cada nota natural (entende-se por nota natural, Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si)
Solta
|
1ª casa
|
2ª casa
|
3ª casa
|
4ª casa
|
5ª casa
|
6ª casa
|
7ª casa
|
8ª casa
|
9ª casa
|
10ª casa
|
11ª casa
|
12ª casa
|
Nota
|
+1/2
|
+ 1
|
+
1 1/2
|
+2
|
+
2 1/2
|
+
3
|
+3
1/2
|
+
4
|
+4
1/2
|
+5
|
+5
1/2
|
+6
|
Dó
|
Dó#
|
Ré
|
Ré#
|
Mi
|
Fá
|
Fá#
|
Sol
|
Sol#
|
La
|
La#
|
Si
|
Dó
|
Ré
|
Ré#
|
Mi
|
Fá
|
Fá#
|
Sol
|
Sol#
|
Lá
|
Lá#
|
Si
|
Dó
|
Dó#
|
Ré
|
Mi
|
Fá
|
Fá#
|
Sol
|
Sol#
|
Lá
|
Lá#
|
Si
|
Dó
|
Dó#
|
Ré
|
Ré#
|
Mi
|
Fá
|
Fá#
|
Sol
|
Sol#
|
Lá
|
Lá#
|
Si
|
Dó
|
Dó#
|
Ré
|
Ré#
|
Mi
|
Fá
|
Sol
|
Sol#
|
Lá
|
Lá#
|
Si
|
Dó
|
Dó#
|
Ré
|
Ré#
|
Mi
|
Fá
|
Fá#
|
Sol
|
Lá
|
Lá#
|
Si
|
Dó
|
Dó#
|
Ré
|
Ré#
|
Mi
|
Fá
|
Fá#
|
Sol
|
Sol#
|
Lá
|
Si
|
Dó
|
Dó#
|
Ré
|
Ré#
|
Mi
|
Fá
|
Fá#
|
Sol
|
Sol#
|
Lá
|
Lá#
|
Si
|
Capítulo 5 – FORMAÇÃO
DE ACORDES (MAIORES)
|
Acorde
é um conjunto de notas tocadas ao mesmo tempo, formando uma composição
perfeita. Os acordes são usados para tocarmos a música propriamente dita, e a
partir de agora começaremos o nosso estudo! Nós estudaremos acordes no padrão
universal, pelo que chamamos de CIFRAS.
Por exemplo o acorde Dó é uma composição perfeita pois é formado pelas notas: Dó, Mi, Sol.
A
maioria dos acordes são formados basicamente por 3 notas, o que chamamos de Tríade.
Quer
saber como os acordes são formados?
Fazendo
uma escala Diatônica (Entende-se por Escala Diatônica, o que seria uma escala
variando de 1 em 1 tom, porém isso não acontece pois do Mi para o Fá temos 1/2
tom e do Si para o Dó também, por isso a escala Diatônica possui a seguinte
variação: 1, 1, 1/2, 1, 1, 1, 1/2)
I
|
II
|
III
|
IV
|
V
|
VI
|
VII
|
VIII
|
Dó
|
Ré
|
Mi
|
Fá
|
Sol
|
Lá
|
Si
|
Dó
|
Ré
|
Mi
|
Fa#
|
Sol
|
La
|
Si
|
Do#
|
Ré
|
Mi
|
Fa#
|
Sol#
|
La
|
Si
|
Do#
|
Re#
|
Mi
|
Fá
|
Sol
|
La
|
La#
|
Do
|
Re
|
Mi
|
Fa
|
Sol
|
La
|
Si
|
Do
|
Re
|
Mi
|
Fa#
|
Sol
|
La
|
Si
|
Do#
|
Re
|
Mi
|
Fa#
|
Sol#
|
La
|
Si
|
Do#
|
Re#
|
Mi
|
Fa#
|
Sol#
|
La#
|
Si
|
Resumindo:
Mi + 1 tom = Fa#, porque Mi + 1/2 tom = Fa.
Si
+ 1 tom = Do#, porque Si + 1/2 tom = Do.
A
primeira coisa que podemos notar é que você não entendeu nada do que nós
fizemos na tabela acima! O que é normal, pois você ainda não sabe umas
coisinhas:
Os
números em romano significam o grau da escala, cada grau corresponde a um tom, menos do III para o IV, que temos 1/2 tom e
do VII para o VIII que também temos 1/2 tom.
Um
acorde é formado pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA
notas do quadro acima!
Ou
seja, Lá é formado por: La, Do# e Mi.
O
Sol é formado por: Sol, Si e Ré.
"Essa é a
fórmula dos acordes maiores"
Outro
ponto importante que podemos notar é que a I e a VIII são sempre iguais, isso é
super importante, pois é um modo de você saber se está fazendo a tabela certo
ou não!
Treine bastante a tabela acima, tente faze-la numa folha de papel sem olhar, depois confira, essa tabela é o ponto chave para entendermos o que vem pela frente!
Capítulo 6 – FORMAÇÃO
DE ACORDES (MENORES)
|
Neste
capítulo iremos introduzir um outro tipo de acorde, os acordes menores. Os
acordes menores são representados pela letra m em minúscula. Ex.: DOm, REm, FAm
e etc.!
Assim como os acordes maiores, os menores também são formados por conjuntos de notas, porém a tabela que teremos que fazer será um pouco diferente. Lembra que no capítulo 4 que da III para IV e da VII para a VIII aumentávamos 1/2 tom? (Se não se lembra dê uma olhada na tabela do cap)
4). Para os
acordes menores, os graus vão mudar, confira a tabela abaixo e veja que agora
temos da II para III e da V para VI aumentos de 1/2 tom.
I
|
II
|
III
|
IV
|
V
|
VI
|
VII
|
VIII
|
Dom
|
RE
|
RE#
|
FA
|
SOL
|
SOL#
|
LA#
|
DOm
|
Rem
|
MI
|
FA
|
SOL
|
LA
|
LA#
|
DO
|
REm
|
MIm
|
FA#
|
SOL
|
LA
|
SI
|
DO
|
RE
|
MIm
|
FAm
|
SOL
|
SOL#
|
LA#
|
DO
|
DO#
|
RE#
|
FAm
|
SOLm
|
LA
|
LA#
|
DO
|
RE
|
RE#
|
FA
|
SOLm
|
LAm
|
SI
|
DO
|
RE
|
MI
|
FA
|
SOL
|
LAm
|
SIm
|
DO#
|
RE
|
MI
|
FA#
|
SOL
|
LA
|
SIm
|
Lembrete:
Mi +
1 tom = Fa#, porque Mi + 1/2 tom = Fa.
Si + 1 tom = Do#, porque Si + 1/2 tom
= Do.
Se pegarmos a PRIMEIRA, a TERÇA e a QUINTA obteremos qualquer acorde menor!
Ou seja:
REm é formado pelas notas: REm, FA e LA
SOLm é formado pelas notas: Sol, La# e Ré
(O m na tabela só consta a título de demonstração)
Capítulo 7 –
INTRODUÇÃO Á NOTAÇÃO DE CIFRAS
|
Cifra
é apenas uma notação diferente para os acordes, muitos a consideram um método,
e na verdade realmente é. Existem dois métodos mais conhecidos para aprender e
tocar violão, o método da Pauta Musical, que é bem mais preciso, pois contém a
oitava que a nota deve ser tocada assim como o seu tempo e todos os detalhes
para que a música seja tocada exatamente como seu criador a compôs.
No método
das cifras, o processo foi simplificado, porém depende muito mais da sua
habilidade e criatividade para conseguir fazer com que a música lembre a
original. Por ser mais simples de entender, as cifras foram se tornando o
padrão mais conhecido e utilizado pelos músicos amadores, você já deve ter
visto algo parecido com isso:
Garçom (Reginaldo Rossi)
Dm Gm
Garçom, aqui, nesta mesa de bar
A Dm A
Você já cansou de escutar, centenas de casos de amor
Dm Gm
Garçom, no bar, todo mundo é igual
A Dm D7
Meu caso é mais um, é banal, mas preste atenção por favor
Garçom, aqui, nesta mesa de bar
A Dm A
Você já cansou de escutar, centenas de casos de amor
Dm Gm
Garçom, no bar, todo mundo é igual
A Dm D7
Meu caso é mais um, é banal, mas preste atenção por favor
Cifra
|
Nota
correspondente
|
Cifra
|
Nota
correspondente
|
A
|
Lá
|
Am
|
Lá menor
|
B
|
Si
|
Bm
|
Si menor
|
C
|
Dó
|
Cm
|
Dó menor
|
D
|
Ré
|
Dm
|
Ré menor
|
E
|
Mi
|
Em
|
Mi
menor
|
F
|
Fá
|
Fm
|
Fá menor
|
G
|
Sol
|
Gm
|
Sol menor
|
Capítulo 8 – TIPOS DE
ACORDES
|
Neste capítulo abordaremos os variados tipos de acordes que existem e suas combinações. Preste atenção, pois é bastante difícil o que iremos relatar abaixo.
1) Acordes maiores
Aquilo que é mais importante conhecer para iniciar, é a escala maior.
Ela caracteriza-se pela distância sucessiva entre notas musicais:
Tabela 1:
nota base distância nota
======================================
1 Sol
2 2 meios tons Lá
3 4 meios tons Si
4 5 meios tons Dó
5 7 meios tons Ré
6 9 meios tons Mi
7 11 meios tons Fá#
8 12 meios tons Sol
======================================
Podemos referirmo-nos às notas desta tabela como a 3ª, a 5ª, etc..., tal como vemos nos números na coluna da esquerda (nota base).
Vamos agora à primeira "lição":
Os acordes maiores, são constituídos por:
1ª, 3ª e 5ª
Exemplo:
Pedindo ajuda à tabela 1, vemos que para construir um Sol maior,
precisamos da nota base ou 1ª (Sol), da sua 3ª (Si) e da sua 5ª (Ré). Ou
seja, o acorde de Sol maior é constituído pelas notas Sol, Si e Ré. Daí
poder dizer-se que:
Sol = 320003
Quando o acorde é maior, indica-se apenas pelo seu nome. Portanto, Sol
maior indica-se apenas "Sol".
Conclusão:
Todos os acordes maiores são formados pela sua nota base (1ª), pela sua
3ª e pela sua 5ª.
A isto chama-se intervalos. (isto é importante)
Claro que todos sabemos de cor como fazer os acordes maiores, mas isto vai servir de base à continuação da nossa aprendizagem
2. Acordes menores
Chegado a este ponto já deve ter reparado que faltam algumas notas musicais na tabela 1.
Podemos dizer com alguma incorreção de linguagem, que os intervalos que vimos antes podem ter diferentes "sabores":
Pode ter-se uma 3ª menor ou uma 3ª maior.
Pode ter-se uma 5ª perfeita ou uma 5ª aumentada.
Pode ter-se uma 9ª ou uma 9ª diminuída.
sendo que,
a 3ª menor tem menos meio tom que a 3ª maior.
a 5ª aumentada tem mais meio tom que a 5ª perfeita.
Agora, já se pode construir uma tabela de intervalos mais completa:
Tabela 2:
meios tons intervalos Exemplo para a nota Ré
0
|
nota base
|
Ré
|
1
|
2ª
diminuida
|
Ré#
|
2
|
2ª
|
Mi
|
3
|
3ª menor
|
Fá
|
4
|
3ª maior
|
Fá#
|
5
|
4ª
|
Sol
|
6
|
5ª
diminuida
|
Sol#
|
7
|
5ª
|
Lá
|
8
|
6ª menor
|
Lá#
|
9
|
6ª maior
|
Si
|
10
|
7ª menor
|
Dó
|
11
|
7ª maior
|
Dó#
|
12
|
8ª
|
Ré
|
13
|
9ª
diminuida
|
Ré#
|
14
|
9ª
|
Mi
|
15
|
10ª menor
|
Fá
|
16
|
10ª maior
|
Fá#
|
17
|
11ª
|
Sol
|
18
|
11ª
aumentada
|
Sol#
|
19
|
12ª
|
Lá
|
20
|
13ª
aumentada
|
Lá#
|
21
|
13ª
|
Si
|
Bem, esta tabela é tal e qual a tabela 1, só que tem mais notas.
Os acordes menores, são constituídos por:
1ª, 3ª menor e 5ª
Exemplo:
Pedindo ajuda à tabela 2, vemos que para construir um Ré menor,
precisamos da nota base ou 1ª (Ré), da sua 3ª menor (Fá) e da sua 5ª
(Lá). Ou seja, o acorde de Ré menor é constituído pelas notas Ré, Fá e
Lá.
Daí
pode dizer-se que
Rém = x00231
O x serve para nos dizer que não se deve tocar na 1ª corda, pois não é
nem um Ré, nem um Fá, nem um Lá, mas sim um Mi. Logo, não faz parte do
acorde, não se toca nela
Quando o acorde é menor, indica-se pelo seu nome seguido da letra m
minúscula. Portanto, Ré menor indica-se Rém
.
Conclusão:
Conclusão:
Todos os acordes menores são formados pela sua nota base (1ª), pela sua
3ª menor e pela sua 5ª.
Outro exemplo:
Como formar o acorde Rém7?
Vamos à tabela 2 e vemos então que para formar Ré menor precisamos de
1ª = Ré
3ª menor = Fá (+3 semi-tons)
5ª = Lá (+7 semi-tons)
Até aqui, nada de novo. Resta apenas adicionar a 7ª menor para completar
o
acorde:
7ª menor = Dó (+10 semi-tons)
Pode fazer-se então Rém = x00211
Em resumo:
A construção de acordes faz-se utilizando intervalos.
Estes intervalos dizem-nos que notas devemos utilizar para construir os
acordes.
3. Acordes de 7ª
3. Acordes de 7ª
Existem notas que além de serem
formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA são formados também pela SÉTIMA. Estes
acordes são chamados de Acordes com 7ª. Neste capítulo aprenderemos a fazer os
acordes com 7ª a partir das tabelas dos capitulo 4 e 5.
Para acharmos a sétima menor de uma
nota devemos pegar a primeira (que é sempre ela própria) e diminuir um tom
inteiro e para acharmos a 7ª Maior (Ex. D7M) pegamos a primeira e diminuímos
1/2 tom!
Estes acordes vão surgir aqui um pouco "fora da ordem", mas é apenas porque é um tipo de acorde que aparece com bastante frequência e com o qual todos estamos mais ou menos familiarizados.
Portanto a notação é:
X7 - Leia X com 7ª menor ou apenas, X
com sétima
X7M - Leia X com 7ª maior.
Por Exemplo:
A7 (La com 7ª), pegamos o próprio Lá
(nota), que é a primeira de A (acorde) e diminuímos 1 tom inteiro.
ou seja, o A era formado por, La, Do e
Mi daí pegamos a primeira de A que é Lá e diminuímos 1 tom, então A7 é formado
por Sol, Do e Mi.
Por que pegar a primeira e diminuir 1 tom para
achar a sétima menor, qual é a lógica?
Muito simples, um acorde com sétima é
formado pela TERÇA, QUINTA e a SÉTIMA, para encontrarmos a sétima, é mais fácil
você pegar a OITAVA e diminuir 1 tom inteiro, não é mesmo? É, exatamente o que
nós fizemos, lembra que a 1ª a a oitava são iguais! Baixamos direto da primeira
porque já sabemos que a primeira de qualquer nota é ela mesma!
Vamos a outro exemplo:
Como achar D7 (Ré com 7ª)?
Primeiro passo: Quais as notas que formam D?
Elas são: Ré, Fa# e Lá (Consulte o capítulo 4 se tiver dúvidas)
Sabemos que a primeira de qualquer
nota é ela mesma, então a primeira do acorde Ré é a nota Ré, então vamos achar
a sétima diminuindo 1 tom da primeira. Ré - 1 tom = Dó
Então, D7 é formada por: Do, Fa# e Lá.
(Cuidado quando for diminuir 1 tom de Fa e Dó, pois Dó - 1 tom = La# e Fá - 1 tom = Ré#)
* Acordes de 7ª normais
Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 7. Por exemplo:
Lá7 = Lá maior de sétima.
Mim7 = Mi menor de sétima e assim sucessivamente.
Formam-se, quer os maiores, quer os menores, adicionando uma sétima
menor ao acorde. Se pedirmos ajuda novamente (e sempre) à tabela 2,
vemos que, por exemplo, a sétima menor da nota Mi é a nota Ré. Logo:
Mi7 = 022130
Mim7 = 022030
* Acordes do tipo maj7
Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de maj7. Por exemplo:
Lámaj7
Na sua constituição, diferem dos anteriores, pois adiciona-se uma 7ª maior (e não menor) ao acorde normal.
Exemplo:
Fámaj7 = x33210
4. Acordes suspensos
Este tipo de acorde é muito fácil de construir. Costuma surgir em duas
versões: o sus2 e o sus4.
No sus2, substitui-se a 3ª por uma 2ª.
No sus4, substitui-se a 3ª por uma 4ª.
Portanto, para fazer um acorde sus2 precisamos de:
1ª,
4ª e 5ª
e
para fazer um acorde sus4 precisamos de:
1ª, 2ª e 5ª
Exemplos (Não esquecer de pedir ajuda à tabela)
Résus2 = 000230 (a 3ª - Fá# foi trocada pela 2ª - Mi)
Misus4 = 022200 (a 3ª - Sol# foi trocada pela 4ª - Lá)
Os acordes assim formados não são maiores nem menores.
Importante: a nota suspensa só deve aparecer uma vez na formação do
acorde.
5. Acordes de 6ª
* Acordes de 6ª normais
Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 6. Por exemplo:
Lá6 = Lá maior de sexta.
Mim6 = Mi menor de sexta e assim sucessivamente.
Formam-se, quer os maiores, quer os menores, adicionando uma sexta maior
ao acorde. Se pedirmos ajuda à tabela 2, vemos que, por exemplo, a sexta
maior da nota Mi é a nota Dó. Logo:
Mim6 = 022010
* Acordes 6/9
Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 6/9. Por exemplo:
Lá6/9
Como já deve ter adivinhado, formam-se a partir do acorde de sexta como
se viu antes, mas adicionando também uma 9ª.
Exemplo:
Mim6/9 = 022012
7. Acordes de 9ª, 11ª e 13ª
Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de 9, 11, ou 13. Por exemplo:
Mi9
Lám11
Ré13
Em primeiro lugar, porque é que estes três acordes surgem juntos?
A resposta é: todos eles incluem uma 7ª na sua formação.
Formam-se do seguinte modo:
Para se formar um acorde de 9ª, adiciona-se uma 9ª ao acorde de 7ª.
Para se formar um acorde de 11ª, adiciona-se uma 11ª ao acorde de 7ª.
Para se formar um acorde de 13ª, adiciona-se uma 13ª ao acorde de 7ª.
Basta ir à tabela 2 e fazer como temos feito até aqui para os outros
acordes. Por exemplo, para se fazer um Mim9, parte-se de Mim7:
Mim7 = 022030
e adiciona-se-lhe uma 9ª (Fá#), fica então:
Mim9 = 022032
8. Acordes separados por um travessão
Por exemplo, Dó/Mi.
É o acorde normal de Dó, mas em que devemos tocar o baixo na nota Mi.
É sempre assim. Exemplo:
Dó/Sol = 332010
9. Acordes dim
Estes acordes designam-se pelo seu nome seguido de dim. Por exemplo:
Ládim
Formam-se com:
1ª, 3ª menor, 5ª menor e 6ª maior
Exemplo:
Ládim tem que ter as notas Lá, Dó, Mib e Solb
10. Acordes com indicação da nota a tocar
Neste tipo de acordes, é indicada qual ou quais a(s) nota(s) que deve(m)
ser adicionada(s) ao acorde normal. Por exemplo:
RéDm7#5b9
É um Rem7 com a 5ª aumentada e a 9ª diminuída (meio tom, claro).
11. Acordes add
Todos os acordes que não caibam nas categorias anteriore, designam-se
por add.
O seu significado é direto. Por exemplo:
Dóadd2
Para construir este acorde, parte-se do acorde de Dó normal (032010) e
adiciona-se-lhe uma segunda. Fica então:
Dóadd2 = 032030
Nota importante: atenção à diferença entre sus2 e add2:
Em sus2, a 3ª é substituída por uma 2ª.
Em add2, não há substituição da 3ª (ela continua lá), há só adição de
uma segunda.
Exemplos:
Dóadd2 = 032030
Dósus2 = 030010
Notas Finais
Nota importante: atenção à diferença entre acorde 9 e add9.
Um acorde normal 9, tem que ter a 7ª incluída.
Um acorde add9, não precisa. É um acorde normal, apenas com uma 9ª
adicionada.
Podemos lembrar também todos os
acordes se apresentam conforme as seguintes denominações:
a) ACORDES CONSONANTES: Representam a série de acordes que ao serem tocados transmitem uma sensação repousante e harmoniosa. Geralmente são as "posições" mais fáceis de serem tocadas Portanto, nesta fase do curso, vamos usar principalmente estes acordes.
b) ACORDES
DISSONANTES: Ao contrário dos anteriores, estes transmitem uma sensação
mais tensa, mais chocante (dando a impressão de pouco harmoniosa).
Estes acordes são utilizados principalmente na execução da "Bossa Nova" e do "Jazz". Muitas vezes, quando estes acordes são tocados separadamente, transmitem uma sensação de "erro", porém, no contexto geral da música tornam-se agradáveis.
Estes acordes são utilizados principalmente na execução da "Bossa Nova" e do "Jazz". Muitas vezes, quando estes acordes são tocados separadamente, transmitem uma sensação de "erro", porém, no contexto geral da música tornam-se agradáveis.
Podemos relembrar dessa forma que sete símbolos abaixo são
utilizados para nomear acordes:
M ou + Lê-se maior
+5 " com quinta aumentada
6 " com sexta maior
7 " com sétima (menor) - da dominante
7M " com sétima - Maior
9 " com nona - Maior
m " menor
m6 " menor com sexta
dim ou o " sétima diminuta
m7 " menor com sétima
-9 " com nona menor
Capítulo 9 –
ACORDES RELATIVOS
|
Existem
alguns acordes que são bem difíceis de serem feitos, alguns usam pestana outros
exigem uma abertura de dedo muito grande, ou seja, tudo que os iniciantes
fogem! Para sorte de vocês, existem acordes que possuem som bem parecido com
outro acorde!
Como os
acordes são formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA, acordes que possuam a
terça e a quinta iguais sãs chamados de relativas (A primeira nunca será igual,
pois a primeira de qualquer nota é ela mesma, além disso, se fosse igual seria
a mesma nota).
Vejamos as
principais notas relativas.
Cifras
|
Suas Relativas
|
A
|
F#m
|
B
|
G#m
|
C
|
Am
|
D
|
Bm
|
E
|
C#m
|
F
|
Dm
|
G
|
Em
|
Capítulo 10 –
INVERSÕES
|
Fazer a inversão de um acorde significa colocar na base desse acorde, ao invés da nota fundamental, a mediante ou a dominante. Por exemplo: C é formado por: Dó, Mi e Sol. Sua primeira inversão, é em Mi, sua segunda Inversão é em Sol e sua Terceira Inversão é em Si, e o que isso significa?
Mi, Sol e Si correspondem, respectivamente à TERÇA, QUINTA e a SÉTIMA de Dó.
As inversas devem ser adicionadas as notas originais, ou, as notas originais devem ter o baixo na nota inversa.
Exemplos:
Existem duas notações:
1ª
Notação
|
2ª
Notação
|
Quando
temos algo parecido com X/Y, onde X é uma nota qualquer e Y é outra nota
qualquer.
|
Quando
temos algo parecido com X/N onde X é uma nota qualquer e N é um número
qualquer.
|
Exemplos:
|
Exemplos:
|
G/A
|
C/7
|
Em/B
|
D7/9
|
Fa#/E
|
E7/11
|
Você já deve ter visto algo parecido
com isso:
Tempos Modernos
De: Lulu Santos
Introdução: (G/D D) A Em
G D A7 A6
Eu vejo a vida melhor no futuro
Em G D A7
Eu vejo isto por cima de um muro
G Em/B
De hipocrisia
Em C7+ C/D
Que insiste em nos rodear
Na
introdução, temos logo de cara um Sol
com baixo em Ré, analisando a nota, através da tabela do cap. 5,
descobrimos que Ré é a Quinta de Sol,
ou seja, sua 2ª inversão!
Depois temos Mi menor com baixo em Si, Si também é
a Quinta de Mi menor, portanto também é a 2ª inversão.
Já o Dó com baixo em Ré, na última linha, é
uma outra nota, não é uma inversa,
pois a inversa deve ter baixo ou na TERÇA, na QUINTA ou SÉTIMA. Analisado esta
nota, chegamos a conclusão que o Ré, é a NONA de Dó. (ou SEGUNDA, mas a notação
mais usual é a oitava superior)
Por que Ré é a Nona de Dó?
Sabemos
que a PRIMEIRA e a OITAVA são iguais, por que? Uma oitava é constituída por 8
notas, por exemplo: Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si. (1ª Oitava).Do, Re, Mi, Fa,
Sol, La, Si, Do. (2ª Oitava)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Capítulo 11– CONCEITOS
RÁPIDOS: CIFRADO & TRANSPORTE
|
Cifrado é a nomenclatura universal moderna de harmonização . Onde os nomes das notas são substituídos por letras .
A
(lá) B (si) C (dó) D (ré) E (mi) F (fá) G (sol)
Acidentes:
# (sustenido) aumenta anota meio tom
b
(bemol) diminui a nota meio tom
Códigos:
m (acorde menor) + ou M (acorde maior)
° (acorde diminuto) / (acorde com o baixo alterado)
- (acorde diminuído) Ex. (E/D = Mi maior com o baixo em Ré)
° (acorde diminuto) / (acorde com o baixo alterado)
- (acorde diminuído) Ex. (E/D = Mi maior com o baixo em Ré)
SINAIS
USADOS NO CIFRADO
# sustenido
b Bemol
6 (Sexta) – 7 (sétima) – etc.
9 M (Nona Maior) – 7 M (Sétima Maior) –etc.
5 + (Quinta Aumentada) – 9 M (Nona Aumentada) – etc.
9 – (Nona Menor)
dim (Acorde
Diminuto)
O transporte é utilizado para modificar a
tonalidade da música para mais aguda ou para mais grave.
Se
a música estiver cifrada muito baixa na marcação original encaminha-se para a
direita até achar o tom ideal . Quando estiver cifrada muito alta encaminha-se
para esquerda .
Para a direita ----------: mais alto
Para esquerda :--------: mais baixo
Para esquerda :--------: mais baixo
Capítulo 12 – A
IMPORTÂNCIA DO BAIXO
|
O
baixo tem função de reforçar harmoniosamente as notas graves dos acordes .
Todo acorde é formado pôr três ou mais notas.
1º
Tônica 2º Terça 3º Quinta 4º Dissonância
No baixo conta- se as notas da corda MI para a corda sol . No sentido de aumento de tom. . Na maior parte dos acompanhamentos , o baixo utiliza a tônica como a nota preponderante , portanto as outras notas podem ser utilizadas para fazer um desenho melódico , e com isso obter um resultado mais colorido no acompanhamento....
DÓ = 33 RÉ = 35 MI = 40 FÁ = 41 SOL = 43 LÁ = 45 SÍ = 32
Esse
é um sistema de números que facilita a identificação da nota , ele procede da
Seguinte
maneira ,contasse as cordas de baixo para cima dando números decimais como nome
...
Corda
1 solta = 10 Corda 2 solta = 20 Corda 3 solta = 30 Corda 4 solta = 40
Se
a corda 1 estiver pressionada na primeira casa será 11 se estiver pressionada
Na
Segunda será 12 e assim sucessivamente com as outras cordas.....
Capítulo 13 –
INTERVALOS, SEMITOM, TOM
|
Intervalo: Distância entre dois sons
Semitom: É o menor intervalo entre
dois sons
Tom: Intervalo formado por dois
semitons
Cada espaço
que encontramos no braço do instrumento é um semitom (ou meio-tom)
Por exemplo
:
O intervalo
entre a primeira casa e a terceira casa é de um tom, e o intervalo entre
primeira casa e a segunda é de meio-tom.
Exemplo 2
1ªcorda (mi) ---0--1--3--5--7--8--10--12---------------
2ªcorda
(si) ---0--1--3--5--6--8--10--12---------------
3ªcorda (sol)---0--2--4--5--7--9--10--12---------------
4ªcorda (ré) ---0--2--3--5--7--9--10--12---------------
5ªcorda (lá) ---0--2--4--5--7--8--10--12---------------
6ªcorda (mi) ---0--2--3--5--7--8--10--12---------------
Nesta
tablatura estou apontando as notas(naturais) existentes no violão até a 12ª
casa .
Por exemplo na 1ª corda.
Solta (0) mi
- 1ªcasa fá - 3ª casa sol - 5ª casa lá - 7ª casa si - 8ª casa dó - 10ª casa ré
- 12ª casa-mi
Repare que entre as notas...
DÓ e RÉ
RÉ e MI
FÁ e SOL
SOL e LÁ
LÁ e SI
Existe um
intervalo de 1 tom entre elas, ou seja, nós "pulamos" uma casa entre
uma e outra.
Porém entre...
MI e FÁ
SI e DÓ
esse
intervalo é de apenas meio-tom (ou um semitom) e nós as encontramos uma ao lado
da outra.
É por isso
que quando estamos tocando não existem sustenidos ou bemóis entre MI e FÁ / SI
e DÓ.
Com base
nestas explicações descubram agora as notas que estão nas outras cordas acima
anotadas.
Temos
diversos tipos de intervalos: ascendente, descendente, melódico, harmônico,
simples, composto, natural, enarmônico e invertido.
Por agora os que nos
interessam são:
Intervalo ascendente: quando o primeiro som é mais grave que o seguinte.
Intervalo harmônico: quando os sons são ouvidos simultaneamente.
Intervalo enarmônico: quando os sons são iguais mas tem nomes diferentes.
Estes
intervalos nos ajudarão a entender melhor como os acordes são 'montados'.
Obs: Nos ajudarão também a entender
como as escalas são montadas mas por enquanto não entraremos neste assunto.
Confira isso no próximo capítulo.
Tabela de intervalos
Símbolo
|
ex.:
'C'
|
Nome
do intervalo
|
Distância
em casas
|
T
|
C
|
Tônica
|
0
|
b2
|
Db
|
Segunda menor
|
1
|
2
|
D
|
Segunda maior
|
2
|
2#
|
D#
|
Segunda aumentada
|
3
|
b3
|
Eb
|
Terça manor
|
3
|
3
|
E
|
Terça maior
|
4
|
4
|
F
|
Quarta (justa)
|
5
|
4#
|
F#
|
Quarta aumentada
|
6
|
b5
|
Gb
|
Quinta diminuta
|
6
|
5
|
G
|
Quinta (justa)
|
7
|
5#
|
G#
|
Quinta aumentada
|
8
|
b6
|
Ab
|
Sexta menor
|
8
|
6
|
A
|
Sexta maior
|
9
|
7
|
Bb
|
Sétima menor
|
10
|
7+
|
B
|
Sétima maior
|
11
|
T
|
C
|
Tônica (Oitava)
|
12
|
b9
|
Db
|
Nona menor
|
13
|
9
|
D
|
Nona maior
|
14
|
9#
|
D#
|
Nona aumentada
|
15
|
11
|
F
|
Décima primeira
|
17
|
11#
|
F#
|
Décima primeira aum.
|
18
|
b13
|
Ab
|
Décima terceira menor
|
20
|
13
|
A
|
Décima terceira
|
21
|
Tabela de intervalos em todos os tons
Tom
|
/
|
T
|
b2
|
2
|
2#/b3
|
3
|
4
|
4#/b5
|
5
|
5#/b6
|
6
|
7
|
7+
|
C
|
>
|
C
|
Db
|
D
|
D#/Eb
|
E
|
F
|
F#/Gb
|
G
|
G#/Ab
|
A
|
Bb
|
B
|
C#
|
>
|
C#
|
D
|
D#
|
Dx/E
|
E#
|
F#
|
Fx/G
|
G#
|
Gx/A
|
A#
|
B
|
B#
|
Db
|
>
|
Db
|
Ebb
|
Eb
|
E/Fb
|
F
|
Gb
|
G/Abb
|
Ab
|
A/Bbb
|
Bb
|
Cb
|
C
|
D
|
>
|
D
|
Eb
|
E
|
E#/F
|
F#
|
G
|
G#/Ab
|
A
|
A#/Bb
|
B
|
C
|
C#
|
D#
|
>
|
D#
|
E
|
E#
|
Ex/F#
|
Fx
|
G#
|
Gx/A
|
A#
|
Ax/B
|
B#
|
C#
|
Cx
|
Eb
|
>
|
Eb
|
Fb
|
F
|
F#/Gb
|
G
|
Ab
|
A/Bbb
|
Bb
|
B/Cb
|
C
|
Db
|
D
|
E
|
>
|
E
|
F
|
F#
|
Fx/G
|
G#
|
A
|
A#/Bb
|
B
|
B#/C
|
C#
|
D
|
D#
|
F
|
>
|
F
|
Gb
|
G
|
G#/Ab
|
A
|
Bb
|
B/Cb
|
C
|
C#/Db
|
D
|
Eb
|
E
|
F#
|
>
|
F#
|
G
|
G#
|
Gx/A
|
A#
|
B
|
B#/C
|
C#
|
Cx/D
|
D#
|
E
|
E#
|
Gb
|
>
|
Gb
|
Abb
|
Ab
|
A/Bbb
|
Bb
|
Cb
|
C/Dbb
|
Db
|
D/Ebb
|
Eb
|
Fb
|
F
|
G
|
>
|
G
|
Ab
|
A
|
A#/Bb
|
B
|
C
|
C#/Db
|
D
|
D#/Eb
|
E
|
F
|
F#
|
G#
|
>
|
G#
|
A
|
A#
|
Ax/B
|
B#
|
C#
|
Cx/D
|
D#
|
Dx/E
|
E#
|
F#
|
Fx
|
Ab
|
>
|
Ab
|
Bbb
|
Bb
|
B/Cb
|
C
|
Db
|
D/Ebb
|
Eb
|
E/Fb
|
F
|
Gb
|
G
|
A
|
>
|
A
|
Bb
|
B
|
B#/C
|
C#
|
D
|
D#/Eb
|
E
|
E#/F
|
F#
|
G
|
G#
|
A#
|
>
|
A#
|
B
|
B#
|
Bx/C#
|
Cx
|
D#
|
Dx/E
|
E#
|
Ex/F#
|
Fx
|
G#
|
Gx
|
Bb
|
>
|
Bb
|
Cb
|
C
|
C#/Db
|
D
|
Eb
|
E/Fb
|
F
|
F#/Gb
|
G
|
Ab
|
A
|
B
|
>
|
B
|
C
|
C#
|
Cx/D
|
D#
|
E
|
E#/F
|
F#
|
Fx/G
|
G#
|
A
|
A#
|
Simbologia:
x -significa dobrado sustenido ou seja duas vezes sustenido.
bb -significa dobrado bemól ou seja duas vezes bemól.
x -significa dobrado sustenido ou seja duas vezes sustenido.
bb -significa dobrado bemól ou seja duas vezes bemól.
Capítulo 14 – ESCALAS
|
Vamos
aprender a construir uma escala de Dó a Dó e com todos os seus acidentes.
Para
isto precisamos saber que entre Mi e Fá - Si e Dó não há sustenido (#) ou bemol (b),
e que o # e o b ocupam a mesma casa ou seja um Fá # está localizado na
mesma casa
Em
que vamos encontrar o Sol b.
Logo
temos.
Dó|#|Ré|#|Mi|Fá|#|Sol|#|Lá|#|Si|Dó
ou
Dó |b|Ré|b|Mi|Fá|b|Sol|b|Lá|b|Si|Dó
Mi--|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|
Lá--|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|
Ré--|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|
Sol-|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|
Si--|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|
Mi--|Fá-|#-b|Sol|#-b|Lá-|#-b|Si-|Dó-|#-b|Ré-|#-b|Mi-|
Vamos agora
a definição de uma escala musical, que é muito
importante para o estudo do violão.
Escala Musical: Ordenação
sucessiva de sons a intervalos não maiores que uma segunda. Escalas são grupos
de notas com o qual dividimos uma oitava musical. Uma oitava é o intervalo
sonoro que separa uma nota e sua repetição, mais grave ou mais aguda. Essa
repetição ocorre quando o número de vibrações por segundo emitido pela nota
dobra de frequência. Por exemplo : afinamos muitos instrumentos musicais usando
como referência um diapasão afinado em Em Lá ( 440 vibrações por segundo
),depois de afinarmos o instrumento, se tocarmos um outro Lá mais grave, este
irá soar a 220 vibrações por segundo. Se tocarmos o outro Lá, mais agudo, este
novo irá soar a 880 vibrações por minuto.
Se
considerarmos que estamos tocando uma nota Dó, e formos tocando cada nota
imediatamente acima , teremos 12 intervalos de sons cada vez mais agudos até
tocarmos o Dó mais alto. Se fizermos isso estaremos tocando a escala
cromática de Dó. Que é a única escala que utiliza todos os sons. As mais
usadas tem 5, 6, 7 e 8 notas.
Cada
escala tem uma origem, um som próprio e uma ocasião correta para ser utilizada.
É dentro dos vários tipos de escalas que se escolhem as notas que vão
constituir a melodia, a harmonia, os solos ou os improvisos de um determinado
tipo de trabalho musical.
Aqui
estão alguns tipos de escalas. Podemos apenas sugerir uma regra : conheça bem
cada escala que resolver utilizar, perceba quando o seu uso cumpre a função
proposta, e, principalmente, perceba aonde essa escala não é adequada. O bom
gosto é o melhor juiz.
Aprenda a escala, e decore-a mentalmente.
Primeiro toque-a com uma oitava, depois com duas, com três, e
depois em tôda a extensão do instumento.
Module esta escala e toque-a em todos os tons.
Use intervalos de têrças ( ao invés de Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá,
Si.... ( por exemplo )..saltando em intervalos de têrças teremos : Dó, Mi, Ré,
Fá, Mi, Sol, Fá, Lá ....
Use intervalos de quartas ( ao invés de Dó, Ré, Mi, Fá, SoL, Lá,
... saltando em intervalos de quartas teremos : Dó, Fá, Ré,Sol, Mi, Lá, Fa,
Si..
Use intervalos de quintas, de sextas, de sétimas, e oitavas.
Monte os acordes que começam com cada nota da escala.
Crie sequências de acordes dentro desta escala
Crie melodias usando esses intervalos estudados e os acordes
encontrados. Faça tudo isso em todos os tons!
Existem
diversos tipos de escala, cada uma se prestando a um determinado estilo
musical, assim temos escalas de Jazz, de Blues, de música barroca, etc.
Mas o nosso
interesse aqui não são estas escalas citadas acima e sim a Escala Natural a
partir da qual são construídos os acordes.
A Escala
Natural é formada de dois tetracordes (acordes de 4 notas) separados por um
intervalo de um tom. Cada tetracorde possui os intervalos tom, tom, semiton.
Exemplo:
Usaremos a
escala de C (lê-se dó).
Assim temos
C D E F G A B C (lê-se dó ré mi fa sol la si do) que é a escala natural de C.
Vejamos
porque.
I II III
IV V VI VII VIII
--> graus
C D
E F G
A B C
--> notas
1
1 1/2 1
1 1 1/2
--> intervalos
obs: as
cifras acima não representam acordes e sim notas.
- Assim
temos o C (lê-se dó) como o primeiro grau da escala e entre C e D (lê-se dó e
ré) temos um intervalo de 1 tom (C C# D).
-
Entre D e E, segundo e terceiro graus da escala, temos um intervalo de 1 tom (D
D# E).
-
Entre E e F, terceiro e quarto graus da escala temos um intervalo de 1/2 tom (1
semiton) (E F), pois E não possui # (sustenido).
-
Entre o quarto e quinto graus da escala, de F para G, temos um intervalo de 1
tom separando o primeiro tetracorde do segundo.
-
Entre o quinto e sexto graus temos um intervalo de 1 tom (G G# A). Entre o
sexto e sétimo grau temos um intervalo de 1 tom (A A# B).
-
E finalmente entre o sétimo e o oitavo graus temos o intervalo de 1/2 tom (1
semiton) (B C) pois o B não possui sustenido. Obs: Mi (E) e Si (B), ou
seja, as notas terminadas em "i" não possuem sustenido.
Com
isto temos que a fórmula para se construir uma Escala Natural é dois
tetracordes de tom, tom, semiton separados por um intervalo de 1 tom.
É
por isto que a escala de C não possui acidentes (sustenidos ou bemois), o que
não acontece com outras escalas, que possuem os seus acidentes específicos.
Vejamos a
escala de D:
I II III
IV V
VI VII VIII
D E
F# G A
B C# D
1
1 1/2 1
1 1 ½
-
Entre E e F existe apenas 1 semiton, já que E não possui sustenido, por isso
foi necessário acrescentar um sustenido em F para que a nossa fórmula se
cumpra, ou seja o intervalo deve ser de 1 tom entre o segundo e terceiro graus
da escala natural, portanto no caso desta escala específica temos ( E F F#)
entre o segundo e terceiro graus da escala..
-
Entre o terceiro e quarto graus temos um intervalo de 1 semiton, (F# G).
-
Entre o sexto e sétimo graus da escala temos um intervalo de 1 tom, por isto
fomos obrigados a acrescentar um sustenido em C, assim temos (B C C#) entre o
sexto e sétimo graus da escala de D.
-
Entre o sétimo grau e o oitavo temos apenas um semiton, ou seja, (C# D).
Nota-se que o primeiro e o oitavo graus são a mesma nota, a diferença entre
elas dá-se na altura do som, o oitavo grau está uma oitava acima do primeiro grau
portanto mais aguda.
Descobrimos
que a escala de D possui dois acidentes, um em F e outro em C e neste caso
espcífico ambos são sustenidos.
Com
estas informações você será capaz de construir todas as escalas naturais dos
respectivos tons, prossiga, como exercício construindo as escalas de E F G A e
B (e não se esqueça, lê-se, mi fa sol lá e sí).
Descubra
por você mesmo quantos acidentes existem em cada tonalidade, quais são (se
bemois ou sustenidos), etc. Lembre-se que os acidentes são característicos das
suas respectivas tonalidades, pode-se reconhecer uma escala pelo seu número de
acidentes e quais são.
É
importante frisar também que o primeiro grau é que dá nome a escala.
Capítulo 15 – MODOS
|
Modos são apenas
escalas derivadas da escala maior. Já vimos que cada escala maior tem uma
relativa menor derivada a partir do VI
grau. A escala de C, por exemplo,
tem a de Am como sua relativa.
Reveja abaixo.
ð (-----Escala
de Am-----)
=>C D E F G A B C D E F G A
=>(---- Escala de C ------)
=>C D E F G A B C D E F G A
=>(---- Escala de C ------)
ð
A questão é
simples: assim como posso construir uma escala contendo as mesmas notas a
partir do VI grau, é possivel
construi-las a partir de qualquer grau da escala maior. Há, portanto, 7
modos distintos de se tocar uma escala diatônica, iniciando-se em qualquer
ponto da mesma. Se você iniciar em E,
por exemplo, terá:
E F G A B C D E
Este modo,
que se inicia no III grau da escala
(E, no caso da escala de C) é denominado de modo Frígio. Agora você precisa usar um
pouco o ouvido e, se possível, um amigo. Peça para que ele toque o acorde de C enquanto você executa a escala no
modo frígio, de E à E.
Ela deve
soar exatamente como a escala de C.
Agora peça para que ele toque Em e
repita a escala. Soa diferente? Mais alegre ou mais triste? Para entender
porque eu disse para tocar o acorde de Em
você precisa rever a lição sobre formação de acordes. Repita este mesmo
procedimento iniciando em D. Toque a
escala sobre o acorde de C e depois
sobre o de Dm. Que tal o efeito?
Esta escala iniciando no II grau é
conhecida como modo Dórico.
A tabela abaixo resume os modos com
suas principais caraterísticas:
Grau
|
Nome
|
Tipo (Acorde) - Ver lição V
|
Característica Sonora
|
I
|
Jônico(=Jônio)
|
Maior
|
Imponente,
majestoso, alegre
|
II
|
Dórico
|
Menor
|
"Weepy"
- Musica country
|
III
|
Frígio
|
Menor
|
"Dark",
"down" - "Heavy metal"
|
IV
|
Lídeo
|
Maior
|
Suave,
doce
|
V
|
Mixolídeo
|
Maior
|
Levemente
triste - Blues e rock
|
VI
|
Eólio
|
Menor
|
Escala
Menor Natural - Uso geral
|
VII
|
Lócrio
|
Menor
|
Exótico,
meio oriental
|
O
interessante agora seria que você construisse os 7 modos possíveis em cada uma
das escala e, evidentemente, tocasse em seguida cada um deles.
Observe que
neste sistema utilizou-se modos
diferentes em um mesmo tom, isto é,
as notas componentes de cada modo eram exatamente as mesmas e, por isto,
oriundas da escala de um mesmo tom.
Acontece que é também possível construir modos
diferentes mantendo o I grau fixo e
modificando o tom em cada uma delas, isto é, modos diferentes em tons
diferentes. Isto é um pouco mais complicado e exige que se decore algumas
regras básicas, que ao meu ver não são o melhor caminho para o iniciante. Não é
interessante se prender em regras. Haja
natural.
Seria
conveniente que você escrevesse cada um dos modos para os diferentes tons e, em seguida, tocasse cada um deles.
Procure perceber as diferenças entre eles do ponto de vista melódico.
Atenção:
Vamos relaxar agora aprendendo sobre outras assuntos referentes ao violão. É bom deixar claro que você não pode se basear por aqui pra aprender as Escalas, até porque elas exigem que tenha a seu lado algum professor pra ir guiando passo a passo. Não pense que a partir daqui você aprenda escala, ok?
Sempre
devemos pedir auxílio a outras pessoas. O intuito dessa apostila é apenas dar
uma base para que você tenha domínio sobre alguns conceitos.